CFL já trabalha na reposição da circulação Luanda/Malange
Ndalatando – Uma equipa técnica e de investigação do Caminho de Ferro de Luanda (CFL) está a trabalhar já no carrilamento e averiguação das causas do acidente, quarta-feira, a 10 quilómetros de Ndalatando, capital do Cuanza Norte, de um comboio de combustível com 14 vagões de gasóleo, com destino a Malange.
Em declarações à imprensa, o porta-voz do CFL, Augusto Osório, informou que os técnicos já estancaram o vazamento de combustível nas duas cisternas, reduzindo os danos no ambiente.
Os técnicos vão trabalhar primeiro na reposição da circulação Luanda/Malange e depois na remoção do material danificado para oficinas em Luanda, esclareceu
Augusto Osório não deu uma previsão para a conclusão dos trabalhos, que qualificou "bastante complicados", tendo em conta os danos.
O acidente, que aconteceu no ponto quilométrico 230, na localidade de Lússue, interrompeu a circulação ferroviária no troço Luanda/Malanje e resultou no tombo de oito vagões cisternas e a destruição de cerca de 150 metros de linha férrea.
Algumas lavras próximas ao perímetro do acidente ficaram destruídas e as proprietárias reclamam a reparação dos danos.
Em 2021, o CFL registou dois acidentes neste troço. O primeiro aconteceu em Janeiro, no município do Lucala, Cuanza Norte, envolvendo também um comboio de combustível e o segundo em Cacuso, Malange, com uma locomotiva de manutenção.
O CFL, inaugurado em 1909, tem uma extensão de 479 quilómetros e liga a capital angolana, Luanda, às províncias do Cuanza Norte e Malanje. Conta com 28 estações e presta serviços de transportes de passageiros, mercadoria e correios.
A linha tem sido alvo de sabotagem por cidadãos que procuram por material ferroso para venda ilícita a siderurgias, fenómeno que nos últimos anos se tem verificado no país.
Em Agosto de 2021, a direcção do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) denunciou o furto de 400 parafusos da linha férrea, na estação do Cassualala, ramal do Dondo, província do Cuanza Norte, o que impede a circulação de comboios.
Fonte: Angop (10 de Fevereiro de 2022)