Gestor de serviços do Corredor do Lobito é anunciado em Maio

Gestor de serviços do Corredor do Lobito é anunciado em Maio

O vencedor do Concurso Público para a Concessão de Serviços Ferroviários e da Logística de Suporte do Corredor do Lobito é anunciado no próximo mês de Maio, anunciou,ontem, o presidente da Comissão de Avaliação do concurso.

José Roberto avançou a informação no termo do acto público de abertura das propostas do concurso, uma licitação para a qual concorrem dois consórcios empresariais, um constituído pela CITIC, Sinotrans e CR20 e, outro, pela Trafigura, Mota Engil e Vectoris.

Em nota distribuída à imprensa, a Comissão de Avaliação do concurso destaca os objectivos perseguidos pelo Executivo com a concessão dos serviços ferroviários e da logística de suporte do Corredor do Lobito.

O prazo para concessão, lembra o documento, tem a duração de 30 anos, durante os quais o vencedor vai assumir o transporte de grandes cargas, com maior predominância para os minérios e combustíveis, enquanto o serviço público de transporte de passageiros e de pequena carga permanecerá sob a gestão dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB).

De acordo com o documento, além da responsabilidade nos serviços de transporte de mercadorias e de logística de suporte, a futura empresa terá uma obrigação adicional, que tem a ver com o investimento de um ramal de ligação ao Caminho-de-Ferro a Zâmbia, de Ruacano a Gingi, numa extensão de 259 quilómetros.

Com a construção desta infra-estrutura, os concorrentes habilitam-se à garantia de ver estendido o prazo de exploração de 30 para 50 anos de concessão, lê-se no documento.
Por altura do lançamento do concurso, a 8 de Setembro do ano passado, o ministro dos Transportes, Ricardo D’Abeu, recordou que o Estado angolano investiu mais de dois mil milhões de dólares na reabilitação e modernização das infra-estruturas e meios circulantes do Corredor do Lobito.
"Estamos certos que é um pacote decisivo para o aumento da competitividade dos produtos de exportação da região e para a redução de custos das populações nos países da região”, afirmou o ministro, referindo-se à concessão da gestão das infra-estruturas ferroviárias.

O contrato prevê, entre outras coisas, a manutenção de postos de trabalho e o aumento significativo de receitas.
Nos tempos áureos, lembrou o ministro, pelo CFB chegaram a passar mais 3,5 milhões de toneladas de produtos num só ano.
Estudos de viabilidade económica efectuados, de acordo com o ministro, permitem perspectivar o aumento da actual condição operacional em 44 vezes mais, até ao ano de 2050.

A viabilidade económica do Corredor do Lobito, na opinião de Ricardo D’Abeu, está assente na criação de uma solução de transporte intermodal de mercadorias, de e para a RDC e Zâmbia, impactando de forma positiva na redução dos custos face às principais alternativas prevalecemtes na região da África Austral.
Fonte: Jornal de Angola (27 de Janeiro de 2022)


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